Há
alguns meses tive a oportunidade de publicar aqui um
artigo intitulado
Muito
Além da Lei Áurea, onde discorria sobre
os ganhos e enganos da lei que aboliu a escravatura.
Hoje volto a falar sobre o tema.
São
117 anos, desde que a Princesa Isabel assinou a Lei
Áurea e declarou extinta a escravidão
no Brasil, desde então o trabalho escravo não
é aceito no país, o tráfico negreiro
passou a ser considerado crime e a população
afro- descendente passou a ser considerada como cidadã.
Todos
nós temos conhecimento do porque dessa assinatura
ter acontecido e não vamos discorrer mais uma
vez sobre isso.
Essa
semana ainda pude acompanhar as manchetes dos noticiários
que afirmavam que o Brasil está sendo campeão
na luta contra o trabalho escravo existente ainda hoje
no país, não com as mesmas características,
sem grilhões, nem senzalas, mas temos ainda pessoas
trabalhando por nada, desesperadas com a situação
e assim facilmente enganadas por falsas promessas sem
refletir no que estariam perdendo.
Os
trabalhos forçados no campo e na cidade vêm
sendo denunciados constantemente na mídia e chocam
muitas vezes aqueles que se deparam com o tema. Após
mais de um século, nós brasileiros ainda
temos que nos preocupar com o tema, é revoltante
e infringe a legislação do nosso país
e as leis de direitos humanos.
Mas
há um outro tipo de escravidão que deve
ser denunciado e esse exige muito mais atenção
de nossa parte, pois é sutil e quando passamos
a perceber pode ser tarde demais. Essa escravidão
é causada pura e simplesmente pela alienação
que muitas vezes nos é ditada pela sociedade
e que nós cordialmente aceitamos sem nada fazer
em troca.
Somos escravos da moda, dos costumes, do dinheiro, enfim,
o tempo todo somos bombardeados com informações
que visam a escravidão de nossas mentes. Mas
o que fazer em relação a isso? Qual a
importância que devemos dar ao fato? |