Férias
de verão as baladas de São Paulo
vão esvaziando e a galera procura diversão
em outros lugares. Em sua grande maioria as pessoas
têm nessa época do ano a única oportunidade
de viajar e curtir um novo ambiente. Em muitos casos
o destino escolhido é o litoral sul do estado,
não só pela curta distância, como
também pela questão financeira, já
que a temporada nessas regiões costuma ser mais
baratas.
Por
isso, não é difícil encontrar
nas praias durantes as festas de final de ano rostos
conhecidos da cidade. Esse encontro ocorre principalmente
nas poucas atrações gratuitas que ocorrem
nos calçadões.
Justamente
com a intenção de reunir a galera
e promover uma diversão de qualidade para todos
que por ali passam é que o grupo Demoro, o mesmo
que toca nas rodas de samba do Botequim do Consulado,
organiza há cinco anos um pagode ao ar livre
próximo ao quiosque 36 na Praia Grande. As reuniões
que acontecem em dois horários das 4h da tarde
às 8h da noite e das 11h da noite até
às 3h da manhã, já reuniram,
ao redor do grupo cerca de 2500 pessoas. Desde 99 a
roda de samba chama a atenção de jovens,
velhos e crianças por ser descontraído
e não ter confusão.
Mas
infelizmente no último reveillon a situação
mudou e aquela que deveria ser uma reunião
alegre e descontraída tornou-se um tumulto
causado por quem deveria garantir a segurança
da população. Segundo Alexandre de Jesus,
músico do Demoro, na madrugada do dia dois de
janeiro a roda de samba acontecia como de costume, quando
surgiram cerca de 50 policiais e começaram a
agredir as pessoas. "Eles não disseram
o porque e já chegaram fazendo todo o tumulto".
Explica Ale.
De acordo com o músico,
quando ele e outro integrante do grupo foram conversar
com os policiais, receberam como resposta gás
de pimenta nos olhos, sem explicação,
sem motivo, sem diálogos.
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