Na
excursão do Zezão Eventos, a roda de samba
acontecia em baixo das árvores que beiravam o
rio, os participantes da excursão saboreavam
o churrasco e em companhia daqueles que mesmo sem participar
dos comes e bebes, curtia a manifestação
do samba.
Mas
a festa da equipe, foi só um dos atrativos dessa
celebração. As ruas eram tomadas pelo
mar negro, e a cada esquina, a disposição
e a alegria eram confirmadas pelas rodas de samba. Enquanto
a cidade fervia sob o sol de quase 40 graus, quem optou
pelo mania da gente podia se refrescar com todo o tipo
de bebida oferecida pela excursão.
A diversidade da festa de São Benedito se reflete
na caravana do Zezão eventos. Todas as raças,
cores, gêneros celebram juntos essa diversidade.
E não foram só freqüentadores assíduos
do Botequim do Consulado ou do Mania da Gente que marcaram
presença não. Zezão afirma que
"foi um mesclado, entre as pessoas que curtem o
Consulado e o Bar Mania da Gente e outros amigos, que
não freqüentam as duas casas noturnas".
Mas
e São Benedito onde ficou em toda essa festa?
É
estranho quando um aniversariante não é
convidado para sua própria festa, mas na maior
parte das vezes é isso mesmo o que acontece,
em Tietê. Em meio a tanta farra, dança,
bebida, comida, xaveco e confusão. São
Benedito está em sua capela, visitado por pessoas
mais velhas, em sua maioria moradores da própria
cidade.
Entre
outras atividades, a comunidade da igreja local organiza
um bingo e uma procissão no final do dia em homenagem
ao padroeiro, mas os visitantes não se lembram
de participar, como não lembram da razão
de estarem ali.
Contudo, nem sempre foi assim, a história da
festa é segundo artigo publicado por Osmar Teixeira
na Revista Afirmativa Plural, a de um grupo de escravos
corajosos, que lutou contra o clero e a sociedade burguesa
que não admitiam a hipótese de um grupo
de pretos pobres, venerar um santo negro.
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